quarta-feira, 11 de novembro de 2009

MANUEL ZELAYA, SEM FORÇA E SEM CREDIBILIDADE AGORA AGONIZA SOZINHO

HONDURAS:ZELAYA DIZ QUE NÃO NEGOCIARÁ COM GOVERNO DE FACTO TEGUCIGALPA, 11 NOV (ANSA) - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse que não voltará a dialogar com o regime de facto do país, encabeçado pelo presidente Roberto Micheletti.
O mandatário fez a declaração durante uma reunião com o subsecretário adjunto de Estado norte-americano, Craig Kelly, que chegou ontem a Honduras para tentar reativar o Acordo de Tegucigalpa- San Jose.
Zelaya comentou que Kelly está em uma "missão de boa vontade, tentando alguma possibilidade para a reconstrução da democracia no país" e recordou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, se comprometeram com a Organização dos Estados Americanos (OEA) e com as Nações Unidas a apoiarem a "reconstrução da democracia em Honduras, que envolve meu retorno à presidência".
Também participaram do encontro o embaixador dos Estados Unidos em Honduras, Hugo Llorens, e os membros da comissão negociadora de Zelaya.
O Acordo de Tegucigalpa- San José, que tem como objetivo encerrar a crise política hondurenha, foi assinado por Zelaya e Micheletti no último dia 30, com mediação de uma delegação dos EUA e da OEA.
O presidente deposto, no entanto, anunciou o "fracasso" do tratado, após os atuais dirigentes hondurenhos montarem um governo de unidade sem integrantes do antigo regime.
O documento prevê a formação de um governo de unidade e determina que a restituição de Zelaya -- principal motivo de desacordo entre o governo de facto e o deposto -- seja decidida pelo Congresso Nacional, com uma prévia análise da Suprema Corte de Justiça.
Na última sexta-feira, no entanto, Zelaya afirmou que o acordo havia "fracassado", porque Micheletti não incluiu nenhum de seus ministros na formação do governo de unidade.
O presidente de facto se defendeu dizendo que Zelaya não indicou o nome de seus ministros dentro do prazo para a apresentação do novo governo, cujo limite era meia-noite do último dia 6 (o equivalente às 4h do dia 7, no horário de Brasília)--.
Zelaya, que sofreu um golpe de Estado em 28 de junho, ainda acusou Micheletti de tentar se perpetuar no poder formando um governo de unidade liderado por ele, e ressaltou que a crise política só terminará quando puder voltar ao cargo.
Já o governo de facto de Honduras acredita que a resolução da crise a esteja na realização das eleições gerais, marcadas para 29 de novembro. A comunidade internacional, no entanto, advertiu diversas vezes que não reconhecerá o pleito caso Zelaya não volte ao poder.
Ontem o secretário-geral OEA, José Miguel Insulza, garantiu que não enviará uma missão para acompanhar o processo eleitoral de Honduras, enquanto continuar o impasse nas negociações entre o regime de facto e o presidente deposto, Manuel Zelaya. (ANSA)
11/11/2009 09:32

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